Processo:AC 453663 PE 0007193-75.2007.4.05.8300;
Relator(a); Desembargador Federal Francisco Barros Dias; Julgamento:
11/05/2010 ; Órgão Julgador: TRF5 - Segunda Turma;
Publicação:Fonte: Diário da
Justiça Eletrônico - Data: 20/05/2010 - Página: 247 - Ano: 2010
SERVIDOR
PÚBLICO FEDERAL COMO TITULAR DE FIRMA INDIVIDUAL
Introdução: A
apelação trata de questionamento sobre a possibilidade de servidor
público, exercendo cargo público, exercer atividade empresarial
como titular de firma individual, tendo em vista a nova redação
dada pela Lei 11.094/05 ao art. 117, inciso X, da Lei 8.112/90, onde
houve a substituição da expressão "empresa privada"
para "sociedade privada".
Ementa:
AMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. MÉDICO. TITULAR DE FIRMA INDIVIDUAL.
ATIVIDADE NÃO MERCANTIL.
- A controvérsia se restringe na possibilidade de servidor público federal, médico do Ministério da Saúde, exercer paralelamente ao desempenho desse cargo público, a atividade de médico particular na qualidade de titular de firma individual.2. Na hipótese dos autos, temos o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, que não deixam dúvidas de que o Autor presta serviços de diagnóstico por imagem na qualidade de empresário individual, atendendo aos pacientes por meio de convênio e particular.3. Da nova redação do incido X do art. 117 do Estatuto dos Servidores Públicos Federais promovida pela Lei nº 11.094/05, referente a uma das restrições do rol de impedimentos dirigidos aos servidores públicos federais, extrai-se que esta norma passou a admitir que o servidor participasse de Conselhos de Administração e Fiscal de empresas com participação da União no capital social, bem como em cooperativas constituídas para prestar serviços aos seus membros.4. Nota-se que houve uma substituição da expressão "empresa privada" por "sociedade privada", excluindo do alcance da norma a atividade exercida na qualidade de empresário individual (ou firma individual).5. Portanto, a empresa constituída sob a forma de firma individual não se inclui no conceito de sociedade - cuja característica primordial assenta-se sobre a necessária pluralidade de sócios -, e não é razoável supor que a troca das expressões tenha-se dado imotivadamente, já que a diversidade de conceitos é de tal modo significativa que não se poderia presumir um "deslize" do legislador.6. Nos autos não constam que o Autor contrata outros médicos ou pratique a atividade de mercância.7. Portanto, é de se considerar a compatibilidade entre a atividade desenvolvida pelo Autor e o interesse público exigido para o bom desempenho do cargo efetivo de médico do Ministério da Saúde..8. Remessa Oficial e Apelação da União Federal não providas.
Conclusão:
A decisão favorável ao servidor, médico do Ministério da Saúde,
se baseou no entendimento de que firma individual, constituída por
ele, não se enquadra no conceito de sociedade privada, expressão
usada na Lei 8.112/90, art.117, X, que proíbe o servidor público
federal de exercer atividade empresarial.
http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14374933/apelacao-civel-ac-453663-pe-0007193-7520074058300-trf5
Sua postagem está quase perfeita. Falta realizar apenas as últimas atividades e alguns ajustes. Verifique a postagem de minha autoria e tente deixar a sua semelhante. Abraço.
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